domingo, 25 de agosto de 2013

Concluindo...

Como uma conclusão do que não concluímos, pois o assunto se ampliou na medida em que fomos pesquisando, pois a partir do que queríamos saber com relação as cartas (ação direcionadora do nosso blog) as perguntas pertinentes ao roteiro de pesquisa foram respondidas, bem como ampliadas, verificando-se que o projeto iniciado teve vários desdobramentos, porque a cada nova postagem verificava-se que um outro projeto poderia ser iniciado.
Sem perder o foco do projeto inicial, que era a questão da carta como meio de comunicação e expressão de sentimentos, contrário hoje, aos meios midiáticos, que fazem com seus recursos, com que a emoção nos traços escritos se perca com o passar do tempo. Como norteado em uma das pesquisas feitas: www.gazeta.povo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id=1262250&tit=Uma-refexao-sobre-o-futuro-da-escrita
Com tudo isso, concluímos que o tema abordado ou qualquer outro tema que se pesquise, criará uma rede neural, pois a cada pergunta respondida uma nova pergunta se faz e um novo projeto se inicia ampliando a visão de mundo dos educandos.

A história do Papel

Como suporte para a escrita das cartas ou qualquer outro documento, o papel teve e tem sua significação e importância no processo da escrita, pois sem ele ainda estaríamos utilizando as "tabuinhas" de argila da escrita cuneiforme dos antigos assírios ou anterior a isso, as pinturas rupestres que relatavam momentos de uma sociedade.

Originado na China, o papel como o conhecemos hoje teve modo de produção ampliado na Idade Média por conta da Revolução industrial e a invenção da imprensa.

Na atualidade, o papel ven sendo reciclado ou substituído pelas mídias eletrônicas a fim de se diminuir a derrubada de árvores, mas isso já é tema para outro projeto.

www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/historia-do-papel/historia-do-papel.php

Capsula do Tempo

A capsula do tempo é uma das formas de se contar a História. Ela pode ser composta por objetos, fotos e é claro, cartas. Nesta nova postagem, estamos trazendo uma repostagem sobre uma capsula do tempo encontrada em Curitiba. Nela continha uma moeda de 100 Réis de 1924 e um manuscrito parecendo ser uma carta. Neste manuscrito havia o relato histórico da importância da inauguração da Praça Tiradentes, bem como o deslocamento(em 21 de abril de 1927)da estátua de Tiradententes em 35 M do local original para o local onde hoje está. Relato este feito por João Turin. Acesse o link:

www.tribulahoje.com/noticia/71178/brasil/2013/08/01/manuscrito-em-garrafa-encontrada-no-pr-revela-capsula-do-tempo.html

Veja também como criar uma capsula do tempo: http//:wikihow.com/criar-Uma-C%C3%A1psula-do-tempo

Filmes & Cartas

O cinema também aborda a temática das cartas de maneira emocionante. Como referência deste assunto trazemos três filmes que abardam o tema cartas de maneira diferenciada um do outro. São eles: P.S Eu Te Amo, Central do Brasil e Cartas para Julieta. Cada filme traz em seu enredo fatos emocionantes em que a carta é o elo central.

Em P.S. Eu Te Amo, a personagem Holly Kennedy depressiva pela morte de seu marido, após um certo tempo recebe uma gravação que a informava que passaria a receber cartas de seu espeoso falecido. Tais cartas foram um meio de tirá-la da depressão, levantando sua autoestima. Cada carta, ao final, vinha assinada com P.S. sempre seguido da frase "Eu Te Amo". As cartas guiam Holly em seus caminhos, de volta aos antigos sonhos, definindo aos poucos sua jornada existencial.





Em Cartas para Julieta, a carta norteia a busca por um amor perdido em que a personagem Sophie após ir em viagem com seu noivo à Itália conhece em Verona as "Secretárias de Julieta", que eram mulheres que respondiam as cartas depositadas na famosa "Sacada de Romeu e Julieta".
Em sua estadia em Verona, Sophie resolve responder uma carta. Esta carta foi escrita por Clarie há 50 anos atrás, em que Clarie conta ter desistido de um amor. Sophie então, decide se unir a Claire e seu neto Charlie na busca por esse amor do passado, nesta busca eles acabam encontrando algo mais: o coração um do outro.





Em Central do Brasil a personagem vivida por Fernanda Montenegro escreve cartas ditadas por pessoas que não sabem ler e escrever, mas querem se comunicar com seus parentes distantes dando-lhes notícias. Este filme rendeu um projeto na Central do Brasil em que voluntários escreviam cartas de pessoas reais,  como no filme, passavam por ali.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Nossas Cartas...

Escrever e receber cartas é muito bom e compartilhar nossas experiências cartas é melhor ainda. É por esse motivo que agora nosso grupo irá contar sua experiência com as cartas. Leia e emocione-se com a gente.

Adriana da Silva Lopes: Quando completei 15 anos recebi uma carta muito especial... de uma pessoa muito importante pra mim. Trata-se da minha tia, o nome dela é Ruth. Nessa época ela morava em Goiás e não podia vir à minha festa, ela também não pôde enviar um presente, mas me enviou algo melhor do que isso. Todo os presentes que ganhem na festa se foram, mas a carta que recebi dela está aqui comigo até hoje. O mais interessante é que as palavras da carta são tão atuais que parece que a recebi ontem!!! Guardo esta carta com muito carinho e sempre vou guardar!!

Dizeres da Carta:

Quero ter um coração aberto
Para servir, louvar e amar a Deus.
Quero ter um coração disposto
Para amar, perdoar e orar por todos.
Nada de usuras e segurar tristezas,
Não ser parcial e nem desajustada
Mas quero ser com toda natureza
Como quer a Bíblia Sagrada
Que importa a luta se a vitória é certa?
E há recompensa para tudo enfim...
Há tantos precisando de um sorriso,
Um bom dia para consolação...
Há tanta fome sem poder saciar,
Há tantos males sem poder curar,
Mas há coisas que muitos podem fazer
Calor humano, em vez de desprezar.
Ah, se houvesse melhor compreensão...
E bondade em cada coração, 
Com uma porta aberta para dar,
Simpatia, perdão, consolo e paz...
O mundo seria um lugar
Mais agradável para se morar!


Elaine de Oliveira Lino: Em tempos de tecnologia, as relações estão praticamente restritas ao meio eletrônico, através de mensagens via celular ou internet. Como o gênero textual carta é pouco difundido e é sabido que cabe à escola orientar os alunos para o conhecimento e domínio de vários gêneros textuais. Mas quem diria que 1996, ano em que os testes e as provas escolares vinham fresquinhas, fresquinhas dos antigos mimiógrafos, com aquele cheirinho de álcool, Lembram?. Eu e os alunos da Escola Pública de Ensino Fundamental onde estudávamos, talvez 95% do colégio nunca tivera contato com o computador. Por este mesmo motivo a escola realizou um projeto chamado: Correio escolar, onde as cartas eram um dos instrumentos mais úteis em situações diversas na nossa escola. O envio e o recebimento das cartas eram livre, claro!, somente dentro das dependências do colégio, os remetentes e os destinatários eram professores, alunos, diretores, funcionários da instituição. Lembro-me até hoje desta experiência emocionante, ímpar e de grande valia, pois hoje sei como comparar a emoção de um recebimento de uma carta com a letra de um amigo querido e o recebimento de um e-mail, que já não gera o mesmo efeito para mim, pois quando pego nas antigas cartas escritas pelos meus amigos, vejo e sinto a particularidade, a singularidade, a preocupação da caligrafia, a personalidade revelada na letra de cada um.  Portanto, resgatar o gênero e fazê-lo circular entre nossos alunos pode gerar um projeto positivo.
Nos primórdios da entrega das cartas quem pagava a postagem era o destinatário e isso só se alterou com a criação dos selos quando se passou a, previamente, o remetente colocar na sobre a carta (envelope) a quantidade de selos correspondente ao porte (valor da tarifa de serviço), garantido assim a entrega da carta ou a sua restituição no caso de não ser encontrado o destinatário.
Atualmente a carta vem sendo substituída pelo e-mail que é a forma de correio eletrônico mais difundida no mundo, mas ainda há pessoas que pelo simples prazer de trocar correspondências físicas preferem utilizar o método da carta.
Associar esse meio de comunicação ao uso da tecnologia fará os alunos perceberem a amplitude da comunicação social.










Jorge de Pires de Oliveira:
Uma carta que marcou minha vida!!

Todos nós passamos por várias experiências em nossas vidas, e cada uma delas nos faz observar que nada ocorre por casualidade, mas sim por uma simples razão de sua ocorrência. A minha experiencia com o trabalho do blog, assim como de todos os que por ele participaram, ajudaram no momento das entrevistas, bem como nas opiniões, também se fez por meio de uma carta, a qual não mais tenho, mas a lembrança do relato quero eu relatar a todos vocês.
A cinco anos atrás, meu pai veio a falecer, e eu e minha mãe nos colocamos a separar os seus pertences, até porque, meu pai nunca foi uma pessoa de deixar as coisas organizadas. Confesso que não foi um dos melhores momentos, pois estávamos guardando pedaços da vida de uma pessoa que tanto amávamos e que havia saído de uma forma tão abrupta, devido ao AVC (ataque vascular cerebral) fulminante. Mas já havia ocorrido, e aquilo deveria ser guardado e os papeis inservíveis queimados. Porem dentre os documentos dele, pude observar um pedaço de papel dobrado, guardado com carinho. Era uma carta, que eu em meus 10 anos de idade, e olha que faz tempo... havia em uma atividade escolar o redigir de uma carta ao seu pai, falando para ele aquilo que você quisesse.
Não pela atividade em si, mas sei o quanto aquele homem que Deus havia levado para junto de si, era importante em nossas vidas, o quanto de caráter e exemplo nos havia ensinado, e o quanto merecia de nós – somos dois filhos homens. Sendo o meu irmão tão apegado a ele, que é funcionário da Light pelo simples exemplo que ele nos deixou.
Lendo aquela carta, me veio a lembrança do que queria dizer a ele nas mal traçadas linhas que a caneta estava percorrendo, mas não falar para ele, mas dele, pelo simples fato do exemplo que nos dera, e ainda dá. Pelo simples fato de estar em nós, por sermos fruto dele.
Olhando a letra ainda não tão firme, de uma caligrafia horrível. Sou critico de mim mesmo, mas em contrapartida carregada de todo sentimento de ali estava sendo expresso a esse que era, é e sempre será o meu herói. Sabia que era em alguns momentos rústico, nascido em Miguel Pereira, tinha um tom próprio do interior, que era totalmente compensado pela pessoa simples e maravilhosa de coração que era, tanto que suas ações e exemplos são nossos norteadores na vida. E por isso dissemos que ele onde estiver, orgulhoso esta.
A carta não mais tenho, pois foi redigida para ele, e fiz questão de como as outras coisas  que dele eram serem guardadas em um local especial, junto a caixa que possui no cemitério de Ricardo, onde seus ossos estão. Sei que a alma e a lembrança dele não estão ali, mas em nós, mas aquele papel, onde redigido foi para o meu herói, deveria ficar com ele, e seria um egoismo de minha parte guardar comigo, até por que era dele, foi feita para ele.
Hoje, em meio a esse trabalho sobre a carta, o transportar de sentimentos que a mesma pode produzir tanto para quem recebe quanto para quem a escreve, e vendo o quanto nós temos perdido esse contato, pelo simples fato dos meios eletrônicos que ao nosso redor estão, fazendo com que ao invés de nos aproximarmos dos outros, a cada momento mais distantes estamos.
Faça um exercício, escreva uma carta a quem você tem carinho e veja que ainda que o tempo de entrega, não venha a ser o tempo dos milissegundos na relação do e-mail, mas o tempo da entrega pelos Correios e você verá o quanto aquelas palavras que você disse em um momento, foram a forma de dizer a quem recebeu o seu manuscrito, sem margem feita, corretor ortográfico, nem letra codificada, mas o sendo feito por às vezes lagrimas que junto ao papel caíram no momento em que a caneta começou a “caminhar” por entre as linhas do papel, contando em sua jornada, a alegria, tristeza, esperança, solidariedade e tantos outros sentimentos daquele que escreveu, para alguém que por você amar, recebeu a sua demonstração de carinho, não por meio de um abraço, beijo, cafune ou coisa parecida, mas por meio de letras casadas uma a outra, para compor uma carta que guardada traz a saudade de quem, em alguns momentos de sua vida, nunca mais verá....


Maria Aparecida da Silva Zumba:  Essa carta eu recebi de uma aluna da educação infantil  no semestre passado da turma que realizei o Estágio de educação infantil. O nome da menina é Sara,tem cinco anos e e chegou toda empolgada para me entregar a cartinha. O que vocês acharam? Não é uma gracinha?





domingo, 11 de agosto de 2013

As cartas ajudam a contar a História II

Voltamos a falar sobre as cartas na Segunda Guerra, desta vez estamos trazendo uma matéria sobre cartas de amor. Leia a reportagem abaixo e veja que há detalhes da História que não estão nos livros didáticos, mas que são interessantes de se trabalhar em sala de aula. 

Cartas de amor escritas em um campo nazista chegam ao seu destino 70 anos depois!
Durante a 2ª Guerra Mundial, o Service du travail obligatoire (Serviço de trabalho obrigatório), da França, recrutou e deportou mais de 600 mil trabalhadores franceses para trabalhar de forma compulsória na Alemanha nazista. A nação de Hitler havia obrigado a França a criar o serviço para compensar a perda de alemães enviados à guerra.
Marcel Heuzé foi um dos franceses enviados a Alemanha. Entre 1942 e 1944, Heuzé trabalhou na fábrica de tanques, motores para aviões e veículos blindados Daimler-Benz. Nos dois anos em que permaneceu no país nazista, esteve isolado em um campo de trabalho de Marienfelde, região sudoeste de Berlim. Teve que permanecer longe de sua mulher e de suas três filhas. Para se comunicar com elas, enviou dezenas de cartas. Nunca recebeu resposta. Algumas correspondências até chegaram ao destino. Muitas foram censuradas pelos alemães. Mas não destruídas.


Cerca de 70 anos depois, a história das cartas de Marcel Heuzé teve um desfecho. A desenhista Carolyn Porter encontrou algumas cartas velhas em francês em uma tenda de antiguidades alemã. Ficou intrigada e comprou o material. Contratou um tradutor – já que não falava francês – e descobriu, no material, declarações do trabalhador à sua mulher e suas filhas. Eram cartas de amor que nunca haviam chegado ao seu destino. “Era lindo. Quando terminei, queria apenas saber se Marcel havia sobrevivido. Se havia regressado a sua casa para sua esposa e filhas”, contou.
Cerca de um ano após começar a investigar o caso e com a ajuda de uma genealogista, descobriu que o trabalhador havia conseguido reencontrar sua família. Mas Marcel morreu em 1992 e sua esposa, René, em 2005. Carolyn conseguiu o contato dos filhos e netos do casal. 70 anos depois, a alemã entregou as cartas de amor do soldado francês aos filhos do casal. Em outubro de 2012, Carolyn os reencontrou – e as cartas foram lidas pela primeira vez.

Fonte:  http://super.abril.com.br/blogs/historia-sem-fim/cartas-de-amor-escritas-em-um-campo-nazista-chegam-ao-seu-destino-70-anos-depois/

Postado por: Jorge Ricardo Pires de Oliveira

sábado, 10 de agosto de 2013

O caminho de uma carta!! personagens invisíveis que não vemos


Talvez nunca tivemos a curiosidade de saber como se dá o intrinsecado caminho daquele pedaço de papel carregado de emoção, o qual escrevemos e temos na pessoa do homem de boné azul e camisa amarela, que sendo personagem dos Correios, faz com que as noticiais venham e vão. Pois ainda sim, em meio ao aparato tecnológico dos e-mails, mensagens que são colocadas de forma instantânea em mensageiro e facebook's, ainda muitos lares brasileiros, não dispondo dessa tecnologia, fazem do meio mais simples e antigo existente, para transmitir noticias carregadas de sentimento a pessoas tão distantes, tendo os Correios como o elo de integração entre esses dois polos. Pois somente, como já observado, vemos aquele que nos entrega as correspondências, sendo o companheiro de todos os dias faça chuva ou sol, as vezes imune ao tempo, mas com uma grata missão, de ser o elo no final da “postagem” dessa carta. O outro ao qual também vemos, mas não tanto quanto o carteiro, por estar fixo dentro de sua unidade de postagem, ou da agencia dos Correios, o qual recebendo a mesma, dá inicio a todo o processo de encaminhamento dessa correspondência. Mas não são somente eles os personagens dessa engrenagem, existindo outros que anônimos por alguns passam desapercebidos, mas que também com o seu trabalho cooperam para que as correspondências de forma geral cheguem de um extremo ao outro e possam pelos carteiros ser entregues, finalizando a jornada. São os funcionários internos nos Centros de Tratamento, que desde o recolhimento dessas cartas nas agencias pelas viaturas, são levadas por terra ou ar, e redirecionadas para os seus destinos, em um trabalho anonimo, mas tão importante quanto, pois sem essa engrenagem toda, o emocionalismo que pode ser daquela carta que foi escrita lá ao longe, para trazendo uma noticia, um desejo, uma saudade e após postada em uma agencia dos Correios, ter em um curto espaço de tempo, um percurso seguido, e o pelo trabalho de vários operadores, chegar ao seu destino...

Para isso foi criado o Correio, como instrumento de integração, quando em seu inicio fazia o elo entre as ocorrências e relatos dos bandeirantes e a Capital, como mensageiros em um vai e vem. Como o passar do tempo, isso foi se ampliando e hoje ela esta em nossas vidas, na figura do homem de amarelo que todos os dias, nas mais remotas regiões do país faz com que o elo das correspondências, das cartas enamoradas, das informações de parentes e noticiais afins chegue aos destinatários que na expectativa o fazem em espera.

Que tal usar este tema para uma aula de geografia? Para que você professor, entenda os caminhos percorridos pelas cartas trazemos agora um texto produzido por Carolina Luisa dos Santos Vieira, que conta toda a trajetória das cartas, vale a pena conferir. Bons estudos e boa aula!!

Clique no link abaixo para acessar o texto na íntegra:

Postado por: Jorge Ricardo de Pires de Oliveira